1º de agosto, é o Dia Mundial do Aleitamento Materno, uma data importante para conscientizar sobre a importância dessa prática para a saúde e bem-estar das crianças e mães.

A pediatra Amanda Retô, da Clínica Renove em Palmeira, destaca a relevância do aleitamento materno, bem como a necessidade de apoio e orientação às mães nesse processo. “Ainda há muitas crenças equivocadas em torno do aleitamento materno, uma delas é a ideia de que amamentar é um instinto natural e fácil para todas as mães”, afirma a Dra. Amanda Retô. Ela destaca que esse é um mito, pois amamentar uma criança é uma tarefa complexa e cheia de benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe.

A amamentação fortalece o vínculo entre a mãe e o bebê, além de proporcionar diversos benefícios para a saúde do recém-nascido. “O leite materno é extremamente importante para o neném, pois é rico em nutrientes, ajuda a ganhar peso e contém imunoglobulinas essenciais para fortalecer o sistema de defesa da criança”, explica a pediatra.

No entanto, a Dra. Amanda enfatiza que muitas mães enfrentam desafios durante o processo de amamentação, o que pode levar a sentimentos de culpa e frustração. “É essencial oferecer orientação antes da gestação e informações sobre amamentação para preparar a mãe para esse momento. Além disso, o suporte de profissionais da saúde, como pediatras, obstetras e consultores de amamentação, é fundamental para auxiliar nesse processo”, destaca.

Os primeiros dias após o parto podem ser particularmente difíceis, com dificuldades como a descida do leite, a correta pega do bebê e possíveis fissuras. Por isso, é fundamental que as mães se sintam amparadas e compreendam que o ato de amamentar não é algo instintivo, mas sim uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada. “Apoiar as mães nesse processo é essencial para reduzir o número de abandonos da amamentação. Precisamos eliminar a ideia de que amamentar é fácil e incentivar o apoio para que as mães se sintam confiantes e seguras durante esse período tão especial”, ressalta a Dra. Amanda.

A pediatra ainda destaca que, apesar da importância do aleitamento materno, existem casos em que as mães podem enfrentar dificuldades para amamentar, e nesses casos é importante oferecer suporte emocional e profissional adequado. “A amamentação é um ato de amor e cuidado, mas também pode ser desafiador. Nossa missão é ajudar as mães que desejam amamentar, proporcionando o suporte necessário para que esse processo seja o mais agradável e efetivo possível”, conclui a Dra. Amanda Retô.

Suelen dos Santos Vieira, Enfermeira da Estratégia de Saúde da Família (ESF) da comunidade de Queimadas, comentou que jornada da amamentação as vezes conta com algumas dificuldades, e acaba exigindo paciência, perseverança e disposição, especialmente para as mães de primeira viagem. No entanto, ela enfatiza que vale a pena, pois esse ato simples permite suprir a necessidade básica do bebê e garantir a vida de outro ser humano, algo que é verdadeiramente indescritível.

Existem diversos benefícios do aleitamento materno tanto para o bebê como para a mãe. A enfermeira enumera alguns deles: maior contato com a mãe, melhora da digestão e minimização das cólicas para o bebê. Além disso, a amamentação contribui para o desenvolvimento da inteligência, redução do risco de doenças, estímulo e fortalecimento da arcada dentária, e prevenção de doenças contagiosas, como a diarreia.

Para a mãe, o ato de amamentar também traz vantagens significativas, tais como a diminuição do sangramento no pós-parto, aceleração da perda de peso, redução da incidência de câncer de mama, endométrio e ovários, além da proteção contra doenças cardiovasculares, como o infarto. “É importante destacar que a amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses de idade, não sendo recomendado oferecer ao bebê água, sucos, chás ou qualquer outro alimento nesse período. A recomendação é que a alimentação continue até os 2 anos ou mais, mesmo após a introdução de alimentos sólidos e líquidos. Durante o período de trabalho, a mulher tem o direito de ter pausas para amamentação, e práticas como fumar e ingerir bebidas alcoólicas devem ser evitadas para proteger a saúde do bebê”, disse a Enfermeira.

Neste mês de agosto, celebra-se o “Agosto Dourado”, representado pelo laço dourado, que simboliza a importância da amamentação e o padrão ouro que é o leite materno para a alimentação infantil. O laço, com dois lados iguais, representa a simetria da importância da mãe e da criança no sucesso da amamentação.

Como parte das celebrações do “Agosto Dourado”, serão desenvolvidas atividades nos grupos de gestantes da comunidade de Queimadas durante todo o mês. Rodas de conversa serão realizadas para compartilhar experiências positivas e negativas sobre a amamentação, atividades práticas e dinâmicas serão promovidas, reforçando o vínculo entre mães e bebês e incentivando a prática do aleitamento materno.

Texto: Da redação

Foto: Freepik