Saúde esclarece sobre os tipos de hepatites virais e reforça a importância da prevenção
No mês de conscientização sobre as hepatites virais, conhecido como Julho Amarelo, a Secretaria estadual da Saúde (Sesa) chama atenção para a importância de manter a população informada sobre a prevenção, diagnóstico e o tratamento da doença. A Sesa esclarece sobre como cada tipo da doença pode ser contraído, de forma a orientar a população a tomar cuidado para não correr riscos. As hepatites são doenças infecciosas causadas por vírus que comprometem o fígado.
Existem vários tipos de hepatites virais (A, B, C, D, E). As mais comuns no Brasil são as do tipo A, B e C. A hepatite A pode ocorrer por meio do consumo de água e alimentos contaminados por fezes; condições precárias de saneamento básico e falta de higiene pessoal. É possível contrair a hepatite B por relação sexual, pelo compartilhamento de objetos pessoais, como lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos como agulhas e seringas. Também pode ocorrer a transmissão vertical, passando da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.
A hepatite C é a mais severa entre os vírus, com grandes chances de se tornar crônica. É contraída por sangue contaminado e derivados, compartilhamento de seringas e relações sexuais sem uso de preservativos.
O tipo D, também chamado de Delta, está associado com a presença do vírus da hepatite B. É transmitida de forma sanguínea e pela relação sexual. A Hepatite E é de curta duração e curada naturalmente. Na maioria dos casos é uma doença de caráter benigno, de transmissão fecal-oral pelo consumo de água contaminada. Pode ser grave na gestante e raramente causa infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência. Da mesma forma que a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. Ela se manifesta mais nos países asiáticos.
Dados
Em 2021 o Paraná notificou 939 casos de hepatite B (8,2 casos por 100 mil/ habitantes), 650 casos de hepatite C (5,7 por 100 mil/habitantes) e 14 casos de hepatite A (0,12 por 100 mil habitantes. No ano passado foram 1.016 casos de hepatite B (8,9 casos por 100 mil/habitantes), 692 casos de hepatite C (6,1 casos por 100 mil/habitantes) e 20 de hepatite A (0,17 por 100 mil habitantes).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 400 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas pelos vírus da hepatite B e C e apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente. Só uma em cada 100 está recebendo tratamento.
Vacinas
No caso das hepatites A e B existem vacinas disponíveis em toda a rede pública do Estado. A vacina contra a hepatite A é fornecida para crianças entre 15 meses e menores de cinco anos e a vacina contra a hepatite B também está na rotina do calendário da criança, sendo ampliada para todas as faixas etárias. A hepatite C não dispõe de uma vacina para a proteção, mas existem medicamentos que permitem sua cura.
Em 2022, a cobertura vacinal de hepatite B no Estado em menores de 30 dias foi de 77,96% e em crianças menores de 2 anos, de 83,94%. Os dados parciais de 2023 (janeiro a maio) apontam cobertura de 91,56% (menores de 30 dias) e de 92,19% (menores de 2 anos). Contra a hepatite A, a cobertura foi de 83,07% em 2022 e chega a 83,56% de janeiro a maio deste ano.
Sintomas
Em geral, as hepatites virais agudas são assintomáticas, e por isso caracterizadas como uma doença silenciosa. Quando os sintomas aparecem, podem se manifestar com febre baixa, fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, falta de apetite e icterícia (coloração amarelada), urina escura, fezes esbranquiçadas.
Imagem e informações da Agência Estadual de Notícias
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