Psicóloga alerta sobre uso excessivo de telas na infância
Um alerta aos pais e responsáveis sobre os prejuízos causados pelo uso exagerado de telas na infância ganhou força no Paraná, com a aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa.
A proposta institui a Semana de Conscientização e Prevenção sobre Males Causados pelo Uso Intenso de Celulares, Tablets e Computadores por Bebês e Crianças, além de incentivar atividades em ambiente externo.
O texto traz levantamento feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, de que 20% das crianças em idade escolar apresentam algum problema de visão, salientando que as crianças são mais suscetíveis ao excesso do uso de telas, como celular, tablete e computador, por estarem em fase de formação, lembrando que a principal fase que o olho desenvolve vai do nascimento até os três anos.
Após essa idade, o processo é mais lento e o comprimento do olho passa a ter equivalência ao tamanho do olho de um adulto. Por isso, as telas exercem uma influência direta na visão, pois ocorre modificação da lente, muda a córnea, que é a parte externa do olho, e a interna que é o cristalino.
A psicóloga Kamila Oliveira Sanson, comentou que o uso de telas pode trazer diversos prejuízos na vida das crianças e, por consequência, na vida adulta. “Alguns estudos citam possíveis atrasos e doenças relacionadas a essa exposição demasiada, como por exemplo, a mudança nos ritmos circadianos do nosso corpo. Pois a luz dos dispositivos durante a noite pode confundir o relógio biológico. Como resultado, ela pode causar distúrbios do sono e levar a outras condições médicas, como obesidade ou depressão. Além disso, o tempo de tela pode substituir o tempo gasto com exercícios, este sim benéfico para o sono”, destacou Kamila.
A profissional alerta também para o vício que pode ser ocasionado através dos jogos eletrônicos e redes sociais e como o uso excessivo gera impactos também na vida escolar. “Como relatam esses estudos, os jogos eletrônicos e redes sociais fazem com que algumas crianças fiquem viciadas nos dispositivos e liberem muita dopamina, que é um neurotransmissor que gera uma sensação de bem-estar, mas quando os caminhos de recompensa são usados em excesso, eles se tornam menos responsivos e é necessário cada vez mais estímulo para experimentar a sensação de prazer. Em relação à fase escolar, o tempo de tela excessivo afeta negativamente a atenção e concentração e, por consequência, trazem dificuldade na aprendizagem, dificuldade de reter a memória, a regulação emocional e o funcionamento social”, explicou.
Ao explicar sobre uso excessivo das telas para o público infantil, a psicóloga informa que esta prática gera consequências também na vida adulta, como aumento no risco de leve comprometimento cognitivo. “As investigações científicas em relação ao tema mostram que é provável que essas mudanças persistem na idade adulta e sejam mais vulneráveis a neuro degeneração acelerada, o que aumentará o risco de leve comprometimento cognitivo e também doenças de Alzheimer precoce e demências relacionadas”, comentou a profissional.
A Academia Americana de Pediatria e A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orientam que até os dois anos de idade os bebês não devem ser expostos às telas dos celulares, tablets e computadores e até mesmo televisão.
Texto: Da redação com informações de Alep
Foto: Freepik
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