Encruzilhada celebra Festa em Louvor à Nossa Senhora Aparecida no domingo (30)
Neste domingo (30) a comunidade de Encruzilhada celebrará Festa em Louvor à Nossa Senhora Aparecida, a programação inicia às 06h com alvorada festiva, às 10h acontece a Santa Missa e ao meio dia será servido o almoço com venda de filé, alcatra, carneiro e leitão, a tarde seguirá com a realização de um bingo e leilão.
Segundo o texto publicado pela Historiadora Vera Lúcia de Oliveira Mayer no Jornal Ipiranga de jan/fev de 2020, edição 208, no final dos anos de 1800, viviam na região apenas os índios e os caboclos. Depois a localidade recebeu também imigrantes russo-alemães luteranos e poloneses católicos. Apesar de pertencerem a religiões diferentes, não consta na história o registro de atritos entre eles.
Vera destaca que o nome da comunidade ‘Encruzilhada’, surgiu ainda na época do tropeirismo. “A partir de um determinado ponto deste caminho, foram sendo abertas outras duas estradas para acesso a outras comunidades próximas. Neste entroncamento se estabeleceu um armazém, além de depósito de erva-mate e cereais produzidos na comunidade, que ali também eram comercializados. As duas comunidades mais próximas a construir igrejas foram Queimadas e Guaraúna de Tocas, e era para estas comunidades que os moradores de Encruzilhada se deslocavam para participar das celebrações religiosas. Durante a década de 1930 foi construída, em terreno de Sebastião Stadler, uma pequena igreja luterana, mas os católicos continuavam a frequentar igrejas nas comunidades próximas. Como falecimento dos primeiros moradores, a igreja luterana foi desativada e os seus fiéis passaram a participar dos cultos em outra igreja luterana localizada na comunidade de Queimadas”, aponta o texto.
A chamada Igreja Ecumênica de Encruzilhada foi inaugurada oficialmente no dia 30 de abril de 2000 e parte católica, foi escolhida Nossa Senhora Aparecida como padroeira. “Houve grandes manifestações por conta do ecumenismo que atraiu cerca de 5 mil pessoas e uma boa repercussão da imprensa da época, além de celebrações emocionadas, e um grande orgulho para as paróquias católicas e luteranas”, aponta o texto.
Uma pergunta levantada por Vera, seria se o Ecumenismo entre católicos e luteranos ainda existe em Encruzilhada. “O sonho de seus idealizadores, lideranças da comunidade, seus padres e pastores não perdurou por muito tempo. Os anos de preparação, as reuniões, lindas celebrações na inédita Igreja Ecumênica de Encruzilhada, na Paróquia de Palmeira, foi muito efêmera. Pessoas da comunidade relataram que ouso compartilhado do templo durou de forma harmoniosa por pouco mais de um ano, quando começaram a ocorreras primeiras divergências, não só entre lideranças da comunidade, mas, sobretudo com a coordenação da Paróquia Luterana de Palmeira. Deste momento em diante, a história dá uma virada, passa a ter muitos conflitos e o ponto mais delicado acontece quando a família Stadler recebe, através de uma carta, a excomunhão, expulsão da Igreja Luterana. E o Pastor não se interessou em celebrar os cultos. Hoje a comunidade é frequentada pelos católicos, seguindo as normas paroquiais”, explicou Vera, em seu histórico.
Texto: Andrea Borges
Foto: João Borges Júnior/Arquivo PASCOM
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