Neste domingo (16) a comunidade do Benfica celebra a 147ª Festa do Divino Espírito Santo. Segundo históricos feitos pela historiadora Vera Lucia Mayer, a comunidade surgiu pelo ano de 1780.

A programação da festa inicia às 9h com o hasteamento da bandeira do Divino, seguido do cortejo imperial do Divino. As 10h acontece a Santa Missa, e após a missa será servido o almoço com: arroz branco, risoto, macarrão caseiro, maionese, saladas, churrasco (alcatra, filé, carneiro e porco) sobremesas e bolo. À tarde haverá venda de pastéis, bingo com ótimos prêmios e animação do Grupo Gaitaço do Paraná.

História da comunidade

Um texto publicado pela Historiadora Vera Lúcia de Oliveira Mayer no jornal Ipiranga de junho de 2019 (edição 201), aponta que bem antes das datas que se anotaram como marcos fundadores do Município, surgia entre os anos de 1780 a 1809 um agrupamento de pessoas formando fazendas de cria e engorda de gado, que abastecia na região o comércio das tropas que por ali transitavam, vindo do Viamão-RS, seguindo para a grande feira em Sorocaba-SP. “Assim surge mais uma localidade em Palmeira que tem suas raízes no importante ciclo do tropeirismo. Há registros de que Manuel da Silva Lira e sua esposa Maria Rodrigues, declarados posseiros de um terreno, foram seus primeiros moradores e ali formaram uma bela fazenda. Distante apenas 6 Km do centro da cidade, sentido Ponta Grossa, às margens da PR 151, altura do KM 375, Benfica teve, ao longo da sua história, outras denominações como: Rincão do Cipó ou Ronda do Cipó; Fazenda Capão Bonito, surgida em1807 no Quarteirão do Benfica, que pertencia ao Senhor Luciano José Chaves, e Fazenda Alegrete, surgida no ano de 1800 como Sesmarias do Barão de Tibagi, além do Passo do Benfica que limita a Zona Urbana com a comunidade. (Bem Fica escrito em documentos da época)”, aponta o material.

De acordo com Vera, a comunidade conta com algumas curiosidades acerca de seu nome. “Nos tempos em que as tropas iam e vinham, um jovem tropeiro enamorou de uma linda donzela de uma das fazendas, e a ela lhe prometeu casamento. De tempos em tempos, quando da passagem das tropas, é que podiam se ver e conversar. Como isso estava ficando longo demais, certo dia a moça deu-lhe um ultimato: “ou tu bens vais ou tu bens fica?”, como o rapaz ficou, isso servia até de piada para os outros tropeiros, que começaram a denominar o lugar como a terra do “Bem fica”. Assim surgiu o nome da localidade ‘Benfica’ “, mostra o artigo.

Texto: Andrea Borges
Foto: João Borges Júnior /Arquivo PASCOM