Comunidade de Santa Bárbara celebra festa neste domingo (04)
A comunidade de Santa Bárbara celebra Festa em Louvor a Santa Bárbara neste domingo (04). As festividades começam às 7h com alvorada festiva, 10h Santa Missa e almoço a partir das 11h30. Será servido alcatra, filé, leitão, carneiro, além de acompanhamentos. No período da tarde haverá bingo a partir das 14h, e torneio de truco.
Segundo histórico realizado pela historiadora Vera Lucia Mayer, era fevereiro do ano de 1890 quando chegou a Palmeira uma grande leva de imigrantes poloneses na comunidade já denominada de Santa Bárbara. “Aproximadamente 490 pessoas, adultos, jovens e crianças recebem 1.916 hectares de terra divididos em cento e quarenta e um lotes. Vieram da Silésia, Poznan, Cracóvia, Varsóvia e Kutno, pelos mesmos motivos daqueles que tinham imigrado antes, e também não sabiam que seriam enganados com as promessas da “Terra Prometida”. Eram camponeses, ferreiros, carpinteiros, músicos, professores, entre outras profissões”, aponta o histórico.
A historia descreveu que os imigrantes abandonaram tudo o que havia restado na Polônia depois de guerras, conflitos miséria, partiram de mãos vazias com o mínimo de pertences. “Viajaram de navio por muitos dias até chegarem ao Rio de Janeiro e depois seguiram para o Porto de Paranaguá. Todos haviam se concentrado na Colônia de Santa Bárbara, pois ali se idealizava um projeto de colonização por parte do governo brasileiro. Porém faltou espaço para acomodar tanta gente de uma vez só. Então uns foram para as localidades vizinhas como: Cantagalo, Água Clara, Passo do Tio Paulo, Faxinal Grande, Santa Quitéria, Boqueirão, Nova Restinga e outras regiões do Município de Palmeira. Homens e mulheres simples, honestos, trabalhadores de fé grandiosa que deixaram sua terra natal, coma esperança de que a nova pátria iria oferecer trabalho e pão para a sobrevivência e um futuro melhor para seus filhos. Prosperaram, é verdade, mas enfrentaram sérias dificuldades: desconheciam a língua portuguesa, os costumes, o clima, a alimentação. Encontraram surpresas desagradáveis pela longa jornada”, aponta o documento.
Vera destacou que eles trouxeram em suas bagagens o quadro de Nossa Senhora de Czestochowa, o grande símbolo da devoção e da grande fé cristã dos poloneses. Católicos por excelência, cultivaram e difundiram a religião católica com perseverança também no Novo Mundo. “A cruz e o quadro de Nossa Senhora de Czestochowa, representam o primeiro marco da imigração. Um povo cheio de coragem, animado se fortalecidos por providências divinas. Mantiveram por muito tempo uma Polônia trazida no coração, uma Polônia cheia de costumes, de tradições religiosas; a fé inabalável da doutrina Católica; cultivaram o idioma e hábitos alimentares adaptados aos alimentos aqui capazes de serem produzidos. Ergueram suas casas, construíram escola, igreja e escolheram Santa Bárbara como padroeira, santa já venerada pelos militares na Polônia, conhecida dos poloneses como protetora dos carvoeiros, da hora da morte, contra raios e tempestades. Coincidentemente o local onde se estabeleceram já sede nominava Santa Bárbara, situada cerca de quinze quilômetros do centro da cidade de Palmeira”, descreveu a historiadora.
Texto: Andrea Borges
Foto: João Borges Júnior/Arquivo PASCOM
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