Psicóloga aborda sobre frustrações na infância e adolescência e o impacto na vida adulta

A psicóloga Camila dos Santos Zyskowski, de Ponta Grossa, especialista no atendimento de crianças e adolescentes, participou do Noticiário P7 desta quinta-feira (15) dando sequência às entrevistas sobre Setembro Amarelo.
A profissional começou a entrevista explicando que é possível ensinar as crianças a lidarem com seus sentimentos, principalmente quando esse trabalho é feito dentro de uma rotina e do diálogo. “Gosto sempre de comentar no consultório com os pais de desenvolver esse diálogo, uma conversa com a criança, ser muito aberto, honesto, sobre o que são as necessidades, o que que é preciso ser feito, o que a criança precisa estar realizando. Porque aí quando é necessário dizer um “não”, ela vai ter uma melhor forma de compreensão de receber esse “não” e como que isso se ajusta no dia a dia”, explicou Camila.
Ficar triste, com raiva, faz parte de todas as fases da vida. A psicóloga explicou a importância em se atentar aos comportamentos, atitudes, que não são costumeiros da criança. “Quando isso muda muito, significa que tem alguma coisa errada. Às vezes a gente não dá a devida atenção, às vezes mudou alguma coisinha; só quer dormir demais ou diminui ou aumentou a quantidade que se alimenta, e não prestamos atenção nisso, mas isso já são sinais de que tem alguma coisa que não está funcionando muito bem. Faz parte eles passarem por isso, mas como eles lidam às vezes nem sempre é o ideal, porque às vezes foge um pouco do que seria o esperado pela criança e aí você observa mais nos comportamentos do que pela fala das próprias crianças”, disse ela.
A maneira como uma criança ou adolescente lida com suas frustrações impactam na vida adulta, como explicado por Camila. “Tratando-se de crianças, é importante que elas aprendam a lidar com as frustrações e que nem sempre vai sair tudo do jeito que elas esperam, por isso que eu sempre trago essa questão da conversa, ter um diálogo com a criança para ela entenda isso. (…) Às vezes precisa passar pela frustração, se não depois se torna um adulto que não consegue conviver com o outro, que não sabe enxergar o outro dentro da relação, ou seja, no ambiente de trabalho, faculdade, o qualquer coisa que vai desenvolver”, abordou a profissional.
Ao finalizar a entrevista, Camila também deu dicas para identificar os momentos em que a criança necessita de acolhimento e as situações em que é preciso estabelecer limites. Para ela, é essencial observar a rotina, comportamentos e atitudes dentro das situações que a criança vem vivenciando. E então identificar a necessidade da criança. “Mas eu preciso desenvolver um certo diálogo para sentir como que a melhor forma de acolher essa criança, se é conversando, abraçando, demonstrado através de uma outra atitude… Precisa estar muito atento aos comportamentos, porque as crianças demonstram muito mais, às vezes através das atitudes e da forma de agir do que falando”, pontuou a psicóloga.
Ela também destacou a importância de ensinar que “os nãos” são necessários. “Colocando assim limites dentro da rotina e da vivência da criança, através de uma forma saudável. (…) Sempre deixar claro para a criança quais são os combinados, quais são os ajustes que precisam ser feitos dentro da rotina”, disse Camila.
Texto e foto: Bruna Camargo
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