No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, psicóloga destaca que falar do assunto não pode ser mais um tabu

No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, psicóloga destaca que falar do assunto não pode ser mais um tabu

Publicado em: 10 set, 2022 às 8:33

O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (WSPD, na sigla em inglês), pautado anualmente em 10 de setembro, é organizado pela International Association for Suicide Prevention (IASP) e endossado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O evento representa um compromisso global para focar a atenção na prevenção ao suicídio.

O objetivo geral deste dia é aumentar a conscientização sobre a prevenção do suicídio em todo o mundo. Isso inclui promover a colaboração das partes interessadas e a auto capacitação para lidar com a automutilação e o suicídio por meio de ações preventivas, o que pode ser alcançado por meio da capacitação de profissionais de saúde e outros atores relevantes, de mensagens positivas e informativas voltadas para a população em geral, grupos de risco, como jovens e facilitando a discussão aberta sobre saúde mental em casa, na escola, no local de trabalho, etc.

A decisão de tirar a própria vida é o último ato, ao ter contato com uma pessoa com pensamento suicida, a postura deve ser sempre de acolhimento e não julgamento como destaca a psicóloga Franciele Schnell. “A pessoa está passando por um sofrimento profundo e precisa saber que tem apoio, falar do assunto não pode ser mais um tabu, não é uma tomada de decisão da noite pro dia, por isso alguns sinais podem servir de alerta para quem está próximo, como: a família, os amigos, até mesmo a escola, entre eles, observar se a pessoa fala sobre o suicídio ou usa frases relacionadas ao assunto ‘como eu gostaria de estar morto’, observar também questões de isolamento social, mudança de humor muito drástica, atitudes arriscadas, como se envolver em brigas e o ato de dizer adeus as pessoas pessoas próximas, como se nunca mais encontrá-las. A falta de esperança e de visão do futuro, culpa, baixa autoestima, visão negativa da vida, alterações significativas da personalidade ou dos seus hábitos, perda de interesse por atividades que gostava, afastamento da família, descuido com aparência (…)”, comentou a psicóloga.

Franciele destaca que outro ponto importante para ajudar quem está passando por esse problema é buscar ajuda especializada, seja de um médico, de um psiquiatra ou um psicólogo. “Somente esses profissionais podem dar encaminhamento correto para essa pessoa. Estamos vivenciando um aumento frequente dos casos de suicídio. Então, com isso, eu convoco a todos, a família, os amigos, a escola, a sociedade, aprender mais sobre o suicídio, pois é um cuidado de todos. A informação é a melhor forma de quebrar os tabus sobre o assunto e o enfrentamento do problema. Ter conhecimento é importante para prevenir, reconhecer os sinais e diferenciar o que é mito e o que é verdade. Por isso é preciso falar se você tem dúvidas se você quer mais informações, entre em contato com os psicólogos daqui de Palmeira, eles vão te ajudar e caso você não queira falar com nenhum psicólogo aqui de Palmeira, existe o CVV (Centro de Valorização da Vida – que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária todas as pessoas que querem conversar por telefone, email, chat e voip) através do  188. Não podemos aceitar perder mais vidas”,  disse a profissional.

 

Texto: Andrea Borges com informações de Ministério da Saúde
Foto: Freepik