Agrônomo explica motivos do banimento do Carbendazim
A Anvisa aprovou por unanimidade, no dia 08 de agosto, a proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que proíbe, em todo o país, o uso do fungicida carbendazim em produtos agrotóxicos.
O Agrônomo Andrey Delinski Pacievitch , explica o que esta resolução acarreta a partir de agora na agricultura de modo geral. “Ele é um ingrediente ativo, muito utilizado, está presente em mais de 24 produtos comerciais, apesar de ser apenas uma molécula, é um ingrediente ativo, utilizados nas diversas culturas do nosso país, desde hortifruti até cereais, culturas anuais. Isso tem causado grandes questionamentos por parte das revendas e principalmente por conta dos agricultores. Então com essa resolução da diretoria colegiada, ficou proibido o uso do carbendazim e o banimento definitivo desse ingrediente ativo em todos os defensivos agrícolas comercializados no país”, disse o profissional
Andrey Pacievitch explica que o produto ainda não está banido e que existem algum tempo para que os estoques sejam utilizados, tanto nas revendas como nas propriedades e também destaca que apenas os tratores cabinados estão permitidos para o uso do agrotóxico. “De imediato, a importação está sendo proibida em 3 meses toda a formulação de produtos deve ser eliminada, deve ser paralisada. Temos 6 meses, então até o mês de fevereiro de 2023, ainda pode ser comercializado, produtos comerciais liberados devidamente, ele sozinho ou nas misturas, porém deve ser respeitado o prazo de validade do produto para o uso pelo agricultor”, explicou ele
Andrey destaca alguns motivos aplicados pela Anvisa para retirar o produto do mercado, visto que o mesmo é utilizado há mais de 30 anos. “Esse ingrediente ativo foi proibido porque, de acordo com a reavaliação da Anvisa, esse produto pode presumidamente causar toxidade em seres humanos, têm potencial de mutação de células germinativas, pode apresentar toxicidade reprodutiva nos seres humanos e, presumidamente também tem um potencial de causar câncer, então já é proibido em outros países e foi uma tendência dele proibido também aqui no Brasil”, comentou Andrey.
Por fim, o profissional avalia que é uma perda para a agricultura em geral, visto que não há no mercado, um substituto com tal eficiência e baixo custo que possa substituir o carbendazim.
Texto: Andrea Borges e Rinaldo Agottani
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Notícias Relacionadas
Cafpal recebe R$ 429 mil para construção de sede própria em Palmeira
A Cooperativa da Agricultura Familiar de Palmeira (Cafpal) recebeu recentemente um repasse de R$ 429 mil da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) para a construção de sua sede própria. O valor foi aprovado por meio de Leia Mais
Agricultor Roberto Gurski fala sobre a repercussão da matéria no Globo Rural
Após a exibição de uma reportagem especial no programa Globo Rural sobre atividades desenvolvidas em uma propriedade familiar de Palmeira, o agricultor Roberto Gurski, conhecido como “Beto do Feijão”, compartilhou a repercussão positiva que a matéria trouxe para seu Leia Mais