Conheça mais sobre os tipos de hepatites virais e como se prevenir
O mês de julho é o mês de luta contra as hepatites virais. A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.
Jean Carlo das Almas, Responsável Técnico da Epidemiologia, explica o que é a hepatite e também os tipos de hepatites virais. “A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada de várias formas, pode ser causada através de doença autoimune, onde o sistema imunológico acaba atacando as células hepáticas e acaba ocasionando esse tipo de inflamação ou também através do uso crônico, contínuo de medicamentos, os medicamentos eles são metabolizados pela pelo fígado, e daí também podem causar um tipo de hepatite medicamentosa que a gente chama, mas também existem as hepatites virais, que são causadas por vírus, então existe o vírus da hepatite A,B,C,D e E. Então a hepatite A e a hepatite E elas são transmitidas através do contato com alimentos e água contaminada, por isso que precisa lavar bem os alimentos, cozinhar bem os alimentos, fazer utilização de água potável e tratada para evitar esse tipo de infecção do vírus A e E”, explicou.
Com relação a prevenção das hepatites B,C,D, Jean Carlo, destaca a importância do não compartilhamento de objetos cortantes, seringas e agulhas e o uso de preservativo e todas as relações sexuais. “Já a hepatite B,C e D, a transmissão é ocasionada de uma forma diferente, então é contato com sangue contaminado, esperma, secreção vaginal contaminados que pode ser através do contato sexual sem uso de proteção, ou também através do compartilhamento de objetos cortantes, as pessoas que usam drogas injetáveis que acabam compartilhando seringas e agulhas, podem estar sendo expostas ao vírus do tipo B,C, e D. Com relação à prevenção, seria o não compartilhamento de objetos cortantes, seringas e agulhas e o uso do preservativo em todas as relações sexuais com os parceiros e parceiras, outra forma de prevenção de hepatites também seria a vacina contra hepatite A, que ela está dentro do calendário nacional de imunização, assim como a vacina contra hepatite b, então a vacina ela é fornecida de forma gratuita pelo SUS, para crianças de 1 a 4 anos e é uma dose só, com relação à hepatite b ela também está disponível pelo SUS de forma gratuita para crianças, adolescentes, adultos, jovens, idosos e precisa tomar 3 doses da vacina”, disse.
A hepatite viral pode ser uma doença crônica que pode passar despercebida, Jean comentou que às vezes a pessoa tem contato com o vírus e ela pode ficar durante muitos anos sem desenvolver sintomatologia nenhuma e acaba descobrindo quando tem alguma complicação hepática, como, por exemplo, uma cirrose hepática, algum outro problema do fígado, por isso a importância da realização dos testes rápidos, que são de graça e sigilosos.“Hoje as unidades de saúde e as estratégias de saúde da família, elas têm a disposição da população os testes rápidos para hepatite B e C, então, é de forma gratuita a pessoa que quiser conhecer sua condição sorológica, ela pode ir até a unidade de saúde com carteira de identidade e o cartão SUS e pede para fazer o teste rápido. Esses testes rápidos são pré agendados e são sigilosos”, comentou Jean.
O teste deve ser agendando no seu posto de saúde, e no dia você passará por um aconselhamento pré teste, realizará o teste e também terá um aconselhamento pós teste. Caso o resultado for positivo o paciente já será encaminhamento para tratamento. O responsável técnico da epidemiologia, destaca por que é importante conhecer a sua condição sorológica. “Então é muito importante conhecer a sua condição sorológica, fazer os testes pelo menos uma vez ao ano ou a cada 6 meses, ou se teve alguma exposição considerada de risco, procure a unidade de saúde para fazer o teste porque é bem importante conhecer sua condição sorológica antes que você tenha algum tipo de complicação, então, quanto mais rápido você souber que é portador de algum tipo de hepatite viral, mais rápido tem acesso ao tratamento, evitando até complicações futuras”, finalizou.
Texto: Andrea Borges
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