Campo Santo de Palmeira abriga Museu Cemitério
Com cerca de 150 anos de existência, o Cemitério Municipal de Palmeira contempla a história do município e das pessoas que ao longo de gerações vem escrevendo a trajetória de nossa cidade. Desde 2019 inclusive, o local abriga o Museu Cemitério, espaço pensado a partir da revitalização que aconteceu em 2019 na capela do cemitério, com apoio do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira (IHGP) junto com a Prefeitura com recursos da Lei Aldir Blanc. “Ali as pessoas vão poder encontrar um pouco das da história, das representações da morte ao longo da humanidade e dentro do próprio cemitério vai estar mapeado alguns túmulos que se destacam ali, seja pela sua arquitetura, seja pela sua arte, seja pela história da pessoa que está sepultada ali. Além de algumas curiosidades que tem relação com a história da morte em nosso município, como por exemplo a lenda do tropeiro Zeca Paula, já que o túmulo dele está ali, o jazigo do Barão de Tibagi que é um capítulo a parte dentro do cemitério, entre outras curiosidades. “, contou o Historiador Paulo Taufer.
Apesar de não ter uma data precisa sobre quando foi o início do Cemitério Municipal de Palmeira, acredita que tenha sido entre 1870 a 1875 que o local foi criado, tendo assim, cerca de 150 anos de história, como contou Paulo. “Registros mais antigos que vão remontar à 1870, alguns sepultamentos públicos ali naquela área”, revelou ele.
O historiador também destacou sobre o túmulo do Barão de Tibagi, maior jazigo do cemitério e mais antigo que o próprio Campo Santo. “Ele fica a olhos vistos ali na rua principal do cemitério, próximo ao portão. Ele é mais antigo do que o próprio cemitério. E não é só o jazigo, você tem outros túmulos ali próximos, que são mais antigos, que tiveram sua construção anterior à 1870. Muito provavelmente a explicação para isso é que a família do Barão, no caso dos Araújo, dos Marcondes, eles eram os detentores das terras aqui da região de Palmeira. Ao longo dos anos, eles foram fazendo doações para o município, para a Vila da Palmeira. Então, muito provavelmente, ali era uma propriedade particular deles, onde eles faziam os sepultamentos da própria família e com o passar do tempo, acabou se confundindo com o próprio cemitério municipal, cemitério público”, explicou o Assessor de Cultura.
Até que então, entre 1870 e 1875 acabou se formalizando a criação do cemitério municipal naquela região, como contou Paulo. ” Isso é muito comum. Em várias outras cidades vemos o cemitério sempre na região central, inclusive com o passar do tempo o espaço ficando lotado porque o cemitério foi pensado em uma época que muito anterior, com população muito diminuída, o tamanho da cidade era outro. O que hoje parece o centro da cidade, o coração da cidade, com um cemitério, na época, provavelmente era uma parte mais arredada do município”, relatou o Paulo.
Ele também comentou que antes de ser esse o cemitério municipal, gerido pelo poder público, anteriormente, os sepultamentos ficavam a cargo da Igreja Católica e no caso de Palmeira, eram sepultados a sua grande maioria no cemitério, atrás da Capela do Bom Jesus. “Então houve a transferência dos corpos sepultados na Capelinha para o cemitério municipal”, contou.
O Museu Cemitério incluindo a capela podem ser visitados no horário de funcionamento do Campo Santo.
Foto: Departamento de Comunicação/Prefeitura Municipal de Palmeira
Texto: Bruna Camargo
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