Músicos palmeirenses comentam sobre participações nos carnavais de Palmeira entre os anos 70 e 90
Josimar Schoroeder (Josi) e Laudemir de Souza (Fofão) foram dois músicos que fizeram acontecer o Carnaval em Palmeira entre os anos 70 e 90.
Eles estiveram presentes em grupos de músicos animando por vários anos os carnavais em Palmeira e comentam sobre a tradição. “Primeiramente o carnaval era e uma tradição, chegava a todo o ano era aquela era alegria tanto dos foliões, como dos músicos. Não tinha recurso e aparelhagem que tem hoje, era ensaiado, era motivado, era até difícil escolhe as música, a gente fazia das tripas coração. Passávamos dias ensaiando para se apresentar bem, geralmente quem cantava era o público, nós ficávamos com a percussão”, disseram
Josi era ritmista ficava com a bateria, e o Fofão começou a aprender música com a Banda Municipal. Eles comentam sobre as batucadas, inclusive uma delas feita com um fenemê no centro da cidade. “A gente fazia batucada e surgiu a ideia de nós fazermos um trem elétrico para subir a rua XV, eu lembro até hoje o caminhão amarelo, um fenemê do Sabiá, que nós colocamos um gerador com caixas em cima, e a gente saiu, tentamos subir a rua XV mas o povo não deixou, e a gente parou em frente a uma bodega onde hoje é Boa Gula, desliguei o motor e veio seu Batista Querubim falando pra gente ir pra Praça que lá tinha mais lugar, mas eu disse pro seu Batista ‘ – vai afundar praça, e ele disse – deixe que afunde que quarta, quinta-feira eu mando consertar’. E ali que começou o Carnaval de lona de Palmeira, mas já existia o Carnaval de rua”, disseram.
Eles falaram também sobre os carnavais no Clube Beneficente e no Clube Palmeirense, locais onde os dois alternavam as apresentações. Eles relembram que o ultimo carnaval foi em 2000 e comentam que Palmeira poderia ter essa festividade novamente, mas que falta incentivo. “Hoje em dia falta incentivo porque o pessoal gosta, onde for aqui em Palmeira da carnaval, mas precisa de apoio do comércio, da população e da prefeitura. Teve um secretário de cultura que veio de fora aqui em Palmeira, tentou inovar no Carnaval, que acredito que foi nos anos de 96, para 98, tentou inovar, só que ele colocou banda gaúcha para tocar no Carnaval e eu credito que música gaúcha, não é pra Carnaval, é para baile de CTG, daí ele saiu daqui e assumiu a cultura de Tibagi e implantou o mesmo sistema que tinha em Palmeira, e hoje é um dos melhores Carnavais do Paraná. No caso de Palmeira, parece que não existe interesse, não tem visão, porque é que eu sempre digo, uma cidade sem cultura e sem passado é uma cidade sem alma, então a nossa cidade está pecando muito em deixar as tradições de lado“, finalizaram.
Por Andrea borges
Foto: Foto publicada por Jair Vida no grupo do Facebook “Amigos de Palmeira”
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