Dia de Combate ao Alcoolismo: Psicóloga explica como oferecer e buscar ajuda
Hoje, 18 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data destinada a conscientizar sobre danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar, tanto em homens quanto em mulheres.
A psicóloga Franciele Schnell Franco, lembra que o alcoolismo é um problema de saúde pública e que independe de classe social e gênero.”O álcool em si, ele é uma droga, então alcoolismo é uma doença. Ele não se prende a uma classe social ou uma faixa etária ou gênero ou cor. Ele é constituído por um problema de saúde pública em escala internacional, não só aqui no Brasil. Por isso que temos tantas campanhas para falar sobre ele”, disse.
A profissional também destaca o papel da família e de amigos para que a pessoa possa buscar tratamento. “A família é o maior apoio, é a rede que vai ajudar, ela é o principal alicerce na vida de alguém. A pessoa precisa de apoio e de alguém que diga vamos juntos procurar um tratamento, procurar uma clínica de reabilitação, um psicólogo, um médico especializado da área para ajudar a encaminhar e a orientar sobre a doença”, comentou. Além disso, Franciele também lembra que muitas vezes, a doença começa em casa. “Às vezes o álcool já está dentro da nossa própria família. As crianças estão vendo os pais beberem muito cedo, então ele não é só a parte da nossa cultura, ele está sendo implantado desde o início de nossas vidas. Então, o cuidado que a gente deve ter com um álcool que é uma droga deve ser muito grande”, explicou.
Os prejuízos do álcool também são citados pela psicóloga. O alcoolismo é muito mais do que o consumo frequente da bebida, mas sim, uma dependência física e psicológica como explica Franciele. “Ele traz prejuízos não só a saúde, como para a vida dessa pessoa, como por exemplo a perda do emprego, conflitos familiares, problemas com a justiça, dificuldade financeira. Algumas pessoas começam a beber como uma forma de fuga, motivada por uma decepção ou uma frustração. Então o alcoolismo é mais do que apenas beber com frequência, ele é uma dependência tanto física do corpo quanto psicológica. Ele causa danos a memória, redução da coordenação motora, por isso que temos tantos acidentes de carro também”, disse.
O Enfermeiro Responsável Técnico e Coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Palmeira Alexandre Oliveira Cantuária, explica que o CAPS faz atendimento a pacientes que queira fazer tratamento para dependência química. Sejam drogas ilícitas ou lícitas, como é o caso do álcool.
Ele explicou que as pessoas que sofrem desta dependência podem buscar ajuda no próprio CAPS, como também nas Estratégias de Saúde da Família. “Tanto a atenção primária nas nossas estratégias de saúde da família, quanto o CAPS, tem como papel fornecer suporte para o tratamento do alcoolismo. Então as pessoas que querem procurar assistência tanto para elas ou para um familiar, elas podem procurar tanto a estratégia do postinho na sua comunidade, que é de livre demanda, ou pode procurar diretamente o CAPS”, disse.
As formas de tratamento da doença são explicadas pelo enfermeiro. “Existem tratamentos que são ambulatoriais, onde o paciente, às vezes não está com acometimento tão grave pela doença, e através de terapia, psicoterapia ou psicofarmacologia, ele consegue fazer o tratamento em casa sem a restrição do seio familiar e social. Ou de forma intensiva, quando essas relações familiares e sociais precisam ser interrompidas, para que o tratamento tenha um melhor resultado”, explicou.
A Ipiranga FM destaca que se conscientizar sobre o alcoolismo é valorizar a vida. As pessoas podem buscar apoio junto ao CAPS, localizado na Rua Coronel Vida, fundos do Ginásio Central como também na sua Unidade de Saúde de referência.
Texto: Andrea Borges com informações de Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil
Imagem: iStock
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