A síndrome de Burnout passou a ser reconhecida como um fenômeno relacionado ao trabalho pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A assunção dessa condição passou a valer neste mês de janeiro, com a vigência da nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11).
A OMS esclarece que a síndrome de Burnout se refere especificamente a um fenômeno diretamente vinculado às relações de trabalho e não pode ser aplicada em outras áreas ou contextos de vida dos indivíduos.
A psicóloga Kamila Oliveira Sanson, explica o que é a síndrome de Burnout. “Nos últimos anos esse problema tem adoecido muitas pessoas, por vários motivos por exemplo: pressão no mercado de trabalho ou a pressão que colocamos em nós mesmos, as demandas de trabalho excessivas, a linha tênue que separa o trabalho da vida pessoal, esses fatores acabam alterando drasticamente a qualidade de vida das pessoas”, explicou.
Segundo Kamila, a Síndrome de Burnout,  é um distúrbio psicológico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada o trabalho. Essa condição também pode ser chamada de síndrome de esgotamento profissional, ela acaba afetando as outras áreas da vida de quem sofre, é o resultado do acúmulo de estresse, ansiedade, nervosismo surgindo sempre de condições físicas, psicológicas e emocionais desgastantes
A profissional destaca também quais são os principais sintomas. “Em relação aos sintomas eles podem ser físicos ou psicológicos, sendo que a pessoa pode apresentar cansaço mental e físico excessivo, insônia, dificuldade de concentração, perda de apetite, irritabilidade, agressividade, baixa autoestima, desânimo, dores de cabeça, no corpo, negatividade constante, sentimentos de derrote, fracasso ou insegurança, pressão alta, tristeza excessiva. Se você sentir que estes sintomas estão fazendo parte da sua vida é muito importante ficar em alerta”, comentou a psicóloga.
Ao explicar sobre o tratamento, Kamila enfatizou a importância em estabelecer limites entre a vida profissional e pessoal. “As formas de tratamento pra quem tem síndrome de Burnout, pode ser através de medicamentos para tratar sintomas, em conjunto com a psicoterapia. É claro que para que não chegue nesse ponto, é importante prestar atenção aos sinais de alerta, se comunicar de maneira assertiva colocando pra fora o que traz sofrimento, se organizar para as prioridades, ter uma rede de apoio, família, amigos , limitar o seu tempo de trabalho e principalmente dizer não quando necessário. Caso você tenha identificado algum  desses sintomas procure ajuda para que se tenha um diagnóstico assertivo e comece o tratamento para ter uma melhor qualidade de vida”, finalizou.

Texto Andrea Borges e Bruna Camargo com informações de Jonas Valente – Repórter Agência Brasil
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