O livro ‘Caminhos para a Colônia Cecília’, obra lançada pelo professor e historiador, Rafael Mehret de 33 anos, formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, já está disponível para apreciação, esse trabalho é fruto de 14 anos de estudos sobre a experiência anarquista em Palmeira.

O professor comentou que a Colônia Cecília é amplamente divulgada e estudada no meio acadêmico, e foi durante a graduação em história na UEPG, que o tema chegou até Rafael. “Ressalto que muitos outros trabalhos já haviam sido feitos, não era nada inédito, mas a ideia chega para mim neste momento, e eu encontrei um caminho para juntar algumas paixões de estudo, entre elas a questões da história do Paraná, imigração, história política (…)”, disse.

Em 2007  Rafael teve os primeiros contatos com a história da Colônia Cecília, na época trabalhando na Casa da Memória em Ponta Grossa (Centro de Pesquisa), onde as pessoas têm acesso a uma série de documentos e livros. “Nesse tempo, publiquei meu primeiro artigo em um jornal de Ponta Grossa falando sobre a experiência anarquista, e quando iniciei o mestrado em 2016 pela UEPG, resolvi ver o que Palmeira tinha para me falar sobre a Colônia Cecilia. Procurei parcerias na cidade e encontrei uma série de coisas interessantes e importantes, entre elas uma lei municipal de 2008, que trata de uma obrigatoriedade da Prefeitura em trabalhar nas escolas municipais a história da colônia Cecília”, explicou Rafael.

E assim a obra foi tomando forma, Rafael disse também, que quando o trabalho do mestrado ficou pronto, uma editora entrou em contato com interesse em publicar o material. “Foram pelo menos 14 anos de estudo, gostaria de ressaltar uma coisa muito importante, a capa do livro foi desenvolvida por uma ex-aluna minha, Isabella Hoffmann, ela é uma artista maravilhosa e teve sensibilidade em desenhar a visão aérea da praça anarquista daqui”, contou Rafael.

O exemplar custa 79,90, está disponível no Jornal Gazeta de Palmeira e também em contato com o professor, ele é destinado tanto para os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, quantos dos anos finais do ensino médio, atingindo vários públicos. “Eu acredito que para além de concordar ou não concordar com determinados elementos da história da colônia, é importante compreender a relevância desse fato histórico em nossa região, existem mais de 2000 trabalhos sobre o tema em diferentes países, e apenas uma cidade acolheu e abrigou essa experiência, eu acho extremamente importante compreender esse fato para promover a manutenção da história local”, finalizou.

Da redação

Foto: Ipiranga FM