Hoje (08) a Paróquia Imaculada Conceição, celebra mais um ano de existência, muitas histórias das festas realizadas na Praça da Matriz, ficaram na memória dos fiéis. A dona Bernadete Mayer, compartilhou um pouco sobre como eram as festas da Padroeira no seu tempo de criança.
Ela foi batizada, crismada, e também se casou na Igreja Matriz, e comentou que quando criança as celebrações eram feitas em Latim. “Você participava das missas, mas não entendia, pois tudo era falado em latim, mas como as celebrações são feitas da mesma forma em português, a gente se localizava por exemplo na hora da comunhão. Lembro que as mulheres ficavam de um lado da igreja e os homens ficavam ao lado esquerdo”, disse.
Bernadete comentou também, que na época a igreja não possuía um altar, e lá na frente só ficavam os sacerdotes e para trás deles os fiéis, ela disse também que as jovens usavam véu branco, as mulheres usavam véu preto e os homens vestiam terno. Segundo ela, naquele tempo existiam grupos específicos de oração, e eles se dividiam para realizar a procissão no dia da missa em volta da Matriz.
Na época ainda não existia o tradicional almoço, só um churrasco vendido próximo  da farmácia de seu Roberto ( hoje a farmácia Botica). “Daí não tinha cozinha, não tinha como vender as porções, o pessoal comprava a carne e levava de brinde o pão”, lembrou Bernadete.
Após o almoço começava as barraquinhas dos festejos, com pescaria, casinha do coelho, entre outras atrações. “A Praça era de chão batido, o coral cantava no coreto junto ao grande músico palmeirense José Schön”, disse Bernadete.
Dona Bernadete compartilhou sobre a sua fé a Padroeira. “Posso dizer que estou aqui na Matriz a vida toda, desde criança até perder o marido, então o meu consolo sempre foi Nossa Senhora, tive muitas provações, e sempre segurei na mão dela”, finalizou.

Da redação
Foto: Arquivo Ipiranga FM