Padre Edvino fala sobre a celebração de Finados
O dia 2 de Novembro significa para os cristãos um dia para rememorar seus mortos, homenageando-os e por eles rezando. Assim como o dia 1º de novembro nos lembra todos os santos e santas, aqueles que já estão entre os eleitos, o Dia de Finados tem também a esperança que aqueles que não partiram em estado de graça possam ser elevados aos céus através de nossas orações e lembranças.
Padre Edivino Sicuro, da Arquidiocese de Curitiba, falou do significado desta data em participação ao Bom Dia Palmeira desta segunda-feira (1°) onde orientou de que maneira os cristãos devemos celebrar Finados.
“Neste dia nós celebramos a memória dos falecidos, os Finados, ou seja, aqueles que chegaram ao fim do seu tempo. Por isso é um dia solene, consagrado a lembrança dos antepassados, dos nossos ascendentes e de todos os mortos. Muitas pessoas não ligam para este dia, porque não lhes diz absolutamente nada, ou porque não corresponde a sua perspectiva filosófica ou religiosa e enganam-se. Os finados estão muito além de qualquer religião. Quem profana esta data, esquece que tiveram ascendentes e antepassados.
O finar evoca o findar e o morrer, ou seja, as pessoas chegaram ao fim da vida aqui nesta terra, mas eles estão no céu. Por isso os católicos acendem velas ao lado dos seus mortos. Para lembrar que eles não se apagaram, e também para lembrar que naquele dia do nosso batismo, foi nos dado uma vela acesa, a luz de Cristo que continua a iluminar a nossa vida, não só aqui, mas também na eternidade.
Os exemplos de vida fazem brilhar os nossos falecidos à lembrança dos que amaram e amam ainda. A claridade dos seus exemplos brilham como estrelas e podem ajudar a nós vivos, a atravessar períodos desfavoráveis, alimentando nos de sua luz. Na verdade neste dia é bom visitar os cemitérios, limpar e ajeitar os túmulos, acender uma vela para eles, pronunciar uma oração, meditar e lembrar que também nós ainda, um dia passaremos por essa data também.
Por isso finados não é um dia triste de lembrarmos nossos queridos mas é um dia também de refletirmos sobre a nossa vida. O cristão tem uma maneira muito boa de viver esta data, ou seja, através da oração, através da participação também na eucaristia, porque nós somos a mesma igreja, a igreja peregrina e a igreja triunfante. Nós que estamos aqui na terra e nossos irmãos e irmãs que já estão juntos de Deus.
Este dia começou a ser celebrado por volta do ano 1.000 no Mosteiro de Cluny na França através de um incentivo de um abade, Santo Odilon. E na Bíblia nós encontramos no segundo livro de Macabeus a palavra que diz que é importante, salutar rezar pelos mortos. E pra gente lidar com o luto nada melhor do que rezar pedir a Deus que os nossos falecidos já estejam juntos dEle.
Judas Macabeu mandou recolher ofertas para enviar ao templo de Jerusalém solicitando orações e sacrifícios em sufrágio dos soldados tombados na guerra e é por isso que também que Jesus Cristo faz alusão a pecados que nos são perdoados por oração de uns pelos outros.
Vamos então neste dia agradecer a Deus pelos bons exemplos dos que já partiram e nos prepararmos bem também para a nossa partida, um dia, a fim de chegarmos felizes na casa do Pai”, refletiu o sacerdote.
Texto: Elder Scolimoski e Rinaldo Agottani
Foto: Arquivo pessoal
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