'Não é falta de amor, acho que está transbordando amor', diz o Pároco sobre cuidado com os idosos
O Noticiário P7 desta quinta-feira (24) teve a participação do Pároco Padre Adriano da Levedove e Ângela Haas Dias da Vigilância Sanitária de Palmeira. Durante a entrevista eles abordaram sobre as celebrações presenciais e destacaram o cuidado com as pessoas do grupo de risco, em especial os idosos.
Padre Adriano lembrou que o retorno de fiéis nas celebrações tem sido um processo gradual e em consonância com a Secretaria de Saúde, Arquidiocese de Curitiba e administradores das comunidades. “Tenho conversado com todos os administradores e também o Padre Leandro, quando vamos às comunidades, nós conversamos com a comunidade presente primeiramente para passar a eles todo esse processo que gradualmente estamos vivendo. Sabemos que a pandemia não acabou. Não é um momento de relaxamento. Não é porque voltamos a celebrar as missas que significa que está tudo bem. Nós ainda estamos dentro desse processo de cuidados que ainda precisam ser tomados. Por isso as indicações que nos foram passadas tanto pela Arquidiocese como pela Secretaria de Saúde junto a pessoa da Ângela, nós reforçamos essas normas que visam antes de tudo não proibir, mas cuidar de outras pessoas, sobretudo idosos, crianças e demais pessoas do grupo de risco”, comentou ele.
O sacerdote também destacou que tem conversado constantemente com os administradores das 48 comunidades com objetivo de indicar e recordar os cuidados necessários para que a Paróquia continue este processo gradual de Missas e Celebrações da Palavra com a presença dos paroquianos.
Ângela reforçou este cuidado com os idosos como forma de prevenção à Covid-19. “Não é que não queremos os idosos e as crianças, até porque as crianças estão em processo de desenvolvimento da fé, não é uma proibição é um cuidado com eles. Por isso temos percebido que algumas pessoas do grupo de risco, idosos, têm insistido em querer participar das celebrações. Por isso hoje vim aqui para pedir que essas pessoas entendam esse cuidado que a Saúde, que o Padre Adriano e todos os outros administradores estão tendo com eles. Não estamos proibindo de ir à Igreja, mas sim de participar das celebrações que tem um maior número de pessoas. Essas pessoas podem sim procurar o padre, procurar um ministro, utilizar a Igreja nos horários que não têm celebrações para sua oração individual, ter uma conversa ou ouvir uma palavra que eu sei que eles gostam. Todo muito gosta e o idoso precisa desse cuidado. Mas também estamos tendo esse cuidado extremo com eles não permitindo que estejam neste momento dentro da Igreja durante as celebrações”, disse ela.
A história e a vivência de cada pessoa e sua relação com a comunidade continua mais do que nunca sendo valorizada pela Paróquia, como elucidou o sacerdote. “Nós não estamos esquecendo essa história da pessoa junto a sua comunidade, a qual ela sempre pertenceu e participou. Justamente por saber que essa pessoa pertence a essa comunidade, estamos tentando cuidar e preservar a saúde dela. Não queremos que nenhum tipo de mal aconteça a ninguém. O padre quer retornar um dia com as celebrações presenciais com todos. Não é falta de amor, acho que está transbordando amor, porque nós queremos cuidar de vocês, preservar a saúde de vocês. Eu sinto falta dos idosos nas celebrações e como sinto falta! Mas também tenho que expressar o meu amor cuidando de todos eles”, explicou Padre Adriano.
A profissional da Vigilância Sanitária reiterou que as recomendações são válidas para todas as religiões e sugeriu que familiares de idosos mostrem as alternativas para que eles possam viver sua espiritualidade. “Isso não vale só para Igreja Católica, mas também para as demais: Permaneçam com todos os cuidados, capacidade reduzida, uso de máscara e não permissão dos idosos. Conversei bastante com Padre Adriano e recebemos denúncias por duas vezes e entendo que eles se viram em um momento difícil para pedir que o idoso se retirasse. E que as pessoas que estão denunciando que tenham também esse sentimento de ver o lado de todo mundo, mas insistimos sobre os grupos de risco, crianças, idosos e que os familiares dessas pessoas que se envolvam; tragam eles no Drive Thru, que mostrem de que outra forma conseguem assistir uma celebração e também levando à Paróquia para conversar com padre, com diácono ou com alguém em um horário que eles possam estar lá de atendimento individualizado”, pontuou Ângela.
Durante a entrevista, o Pároco lembrou que após a missa das 8h celebrada aos domingos na Igreja Matriz, os idosos podem participar da distribuição da Eucaristia no sistema Drive Thru como vem acontecendo desde dia 2 de setembro.
Texto e foto: Bruna Camargo
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