Desafio Catequético e as lições sobre ser igreja
A pandemia tem ensinado muitas coisas, uma delas é que a catequese acontece além de quatro paredes. A lição está sendo apreendida na Paróquia Nossa Senhora Conceição de Palmeira através do Desafio Catequético, que começou no dia 27 de abril.
A ideia veio através da coordenadora da catequese na Paróquia Maximillian Kapp Gorte, que a cada semana em parceira com o coordenador da Pastoral da Comunicação (PASCOM) João Borges Júnior divulgam um tema através do Facebook. “Começamos devagar, apenas para ter um contato com as nossas crianças. Nós tínhamos um contato semanal com os catequizandos e quando começou tudo isso pensamos ‘e agora? Não vamos poder estar junto mais, como que vai ficar?’ Aí veio a ideia do desafio catequético. Começamos apenas tentando uma mensagem para ver como eles estavam e já começou a repercutir. Eles já retornaram para nós, acho que esperando que nós tivéssemos esse contato com eles, isso me surpreendeu bastante”, contou a coordenadora.
São cerca de 1.100 catequizandos na Paróquia e Max estima que média quase metade deles participam dos desafios, especialmente os catequizandos menores. Além disso, crianças não são da catequese sentem motivados a participar.
A cada novo desafio a coordenadora faz anotações para acompanhar o engajamento de cada comunidade. A coordenadora conta que as catequistas também realizam as atividades. “Elas incentivam os catequizandos e também fazem os desenhos, é bem interessante esse contato que está acontecendo”, disse ela.
Coração amigo
O desafio catequético desta semana convida os catequizando doarem um quilo de alimento para famílias mais necessitadas.
A ideia veio através da atividade da semana anterior, que como forma de celebrar o Sagrado Coração de Jesus, as crianças e adolescentes foram convidados a fazer um desenho e completar a fazer “Coração de Jesus eu confio em nós, mas aumentai a minha_______”
Uma das crianças escreveu ‘Aumentai a minha comida’. Max contou que o apelo em forma de desenho a faz refletir. “Quando eu olhei e prestei a atenção no que estava escrito, eu falei ‘o que essa criança está nos dizendo?’ Me toquei muito, então pensei ‘ temos que tomar alguma atitude’. Porque através desta criança, de repente quantas outras tem? Quantas não estão por aí pedindo carinho, atenção e nós não estamos vendo?”, comentou a coordenadora.
Com isso, as entregas estão sendo feitas aos catequistas e cada comunidade está se organizando para fazer a doção para famílias necessitadas. “A ideia é para que cada comunidade também se olhe e se avalie, porque de repente tem famílias passando necessidades e nós não estamos vendo”, explicou a coordenadora.
Durante a entrevista ao Noticiário P7 2ª Edição, ela também destacou o papel da catequese e o que ela ensina sobre ser Igreja. “Eu acho que a catequese está acontecendo desta maneira. Ela não está sendo presencial, só na sala e com livrinho. Estou vendo que a catequese está sendo real e viva. Ela precisa ser real e viva. Nós temos que tirar esse conceito que ela é para receber sacramento. A catequese é para ter valor, para ensinar a ser cristão”, destacou Max.
Texto: Bruna Camargo
Foto: Facebook Paróquia Nossa Senhora da Conceição
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