Comunidade do Papiros celebra Santa Rita de Cássia nesta quarta-feira (22)

Comunidade do Papiros celebra Santa Rita de Cássia nesta quarta-feira (22)

Publicado em: 22 maio, 2019 às 11:53

Santa Rita de Cássia é considerada junto com São Judas Tadeu, a padroeira das causas impossíveis e também das causas perdidas. Ela é uma das santas mais populares que existe e a cada ano que passa atrai mais e mais fiéis para as comemorações e celebrações pelo seu dia. A comunidade de Santa Rita de Cássia, em Palmeira, convida para a celebração que acontece hoje (22) às 19h30 na comunidade dos Papiros. Todos são convidados a oferecer flores a Santa Rita de Cássia.

História
Rita era a abreviação carinhosa de seu verdadeiro nome – Margherita. A santa das causas impossíveis nasceu em Roccaporena, uma pequena aldeia na prefeitura de Cássia, na Itália no ano de 1381. Filha de pais não afortunados, desde pequena sempre mostrou interesse pela religião e sempre que rezava dizia que um Anjo descia do céu para visitá-la.
Tanto que aos 13 anos já tinha o desejo de tornar-se monja agostiniana, mas para atender o desejo dos pais já idosos acabou casando-se cedo com um jovem chamado Paulo Ferdinando Mancini. Ele era conhecido por um temperamento bruto e rude, o que fez do casamento de 18 anos entre eles uma grande provação. Graças à bondade de seu coração e a sua fé inabalável, após muitas orações e pedidos, conseguiu converte-lo e proporcionar-lhe um pouco de alegrias antes que a morte trágica chegasse à família.
Após a morte do pai, os dois filhos do casal – João Tiago e Paulo Maria quiseram vingar sua morte e Santa Rita, orou para que Deus tirasse aquele desejo do coração de seus filhos e confessou que preferia que eles morressem e fossem levados ao Céu do que se sujar com aquele crime. Dito e feito, pouco tempo depois os dois adoeceram por conta de uma peste que assolou a região e acabaram por falecer.
Foi onde Santa Rita se viu sozinha e disposta a ir atrás de sua antiga vocação: tornar-se uma monja agostiniana. Foi negada por três vezes no mosteiro, mas nem por isso desistiu ou deixou de visitar os pobres e enfermos e fazer caridade. Mas, em uma noite ela escutou uma voz a chamando e quando abriu a porta de casa viu três homens lá: Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista – seus santos protetores. Eles a conduziram até o convento, que estava com as portas trancadas, e a conduziram até o seu interior. As religiosas (que antes haviam recusado Santa Rita) ao acordar, ficaram surpresas de vê-la ali rezando na capela sendo que a porta estava fechada.
Após esse episódio, ela foi imediatamente aceita na Ordem como serviçal e mesmo com os afazeres rotineiros não deixou de orar e chegava a passar horas na frente da imagem de Jesus crucificado.

O milagre do espinho da coroa de Jesus
Uma de suas características é a ferida na testa causada pela perfuração de espinho da coroa de Jesus, milagre atribuído a ela após ter permanecido orando na frente do crucifixo fervorosamente pedindo para sofrer junto com Jesus. Essa marca a acompanhou por 15 anos como símbolo de seu amor e fé, mas também lhe causou sofrimento, uma vez que a chaga ficou aberta e com mau cheiro. As irmãs do convento a isolaram em uma cela onde viveu isolada das demais monjas. Mas nem isso a abalou. Todo o sofrimento era oferecido a Deus.
Durante esse tempo de provação ela se autoflagelou com muitas penitências, muito jejum e muita oração, mas nunca deixou de atender os pedidos daqueles que a procuravam pedindo intercessão e foi uma questão de tempo para que a sua fama de santidade se alastrasse.

Ida a Roma
Em 1450 foi proclamado Ano Santo e todas as monjas do convento iriam a Roma receber indulgências do Papa. Santa Rita também quis ir, mas devido a sua saúde frágil e a ferida em sua testa que continuava fétida foi proibida. Entrou em oração e pediu a Deus que tirasse a ferida temporariamente apenas para cumprir a peregrinação até Roma e assim foi prontamente atendida. Mesmo com dor e doente, seguiu a pé até Roma onde conseguiu as indulgências. Ao voltar para o convento, a ferida abriu-se novamente e agora havia mais fiéis pedindo por intercessões diante de Deus.

Após esse episódio, a saúde de Santa Rita ficou mais debilitada e em determinado momento mal se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Em nenhum momento deixou de ter consigo um crucifixo e no dia 22 de maio de 1457 entregou sua alma a Deus. Na mesma hora, a ferida fechou-se e o mau cheiro deu lugar a um discreto perfume e seu rosto foi tomado por um sorriso de contentamento. Seu corpo não foi sepultado e ficou exposto no oratório e está intacto na igreja anexa ao convento até os dias de hoje.

Palavras do Papa João Paulo II no centenário de canonização de Santa Rita de Cássia:
“Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”

Oração à Santa Rita
Ó poderosa e gloriosa Santa Rita,
eis a vossos pés um alma desamparada que,
necessitando de auxílio,
a vós recorre com a doce esperança
de ser atendida por vós
que tendes o incomparável título
de SANTA DOS CASOS IMPOSSÍVEIS E DESESPERADOS.
“Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, 
intercedei junto a Deus 
para que me conceda a graça 
de que tanto necessito (dizer a graça que deseja).
Não permitais que tenha de me afastar 
dos vossos pés sem ser atendido. 
Se houver em mim algum obstáculo 
que me impeça de obter a graça que imploro, 
auxiliai-me para que o afaste. 
Envolvei o meu pedido 
em vosso preciosos méritos 
e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, 
em união com a vossa prece.
Ó Santa Rita, 
eu ponho em vós toda a minha confiança; 
por vosso intermédio, 
espero tranquilamente a graça que vos peço.
Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós”.